quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SAUDADE DE MIM


Saudade de mim,
quero saber onde fiquei
onde me esqueci
que ainda existo e desisto
nesse lugar distante,
tão frio e sombrio
onde não consigo sentir o sangue aquecer
onde me abandono
e apenas quero esquecer.
Quero sentir um fremito pleno de paixão
que me faça sentir a minha existência ausente
que perturbe a minha prudência,
me aqueça o coração
sem medo que paraliza
e receio que não concretiza
sentir esse abraço forte
que protege e me diz calor
um olhar que toca com carinho,
um gesto que dá amor.
Saudade de mim,
de sentir que estou viva e quero viver
de acariciar a minha alma
com a seda macia dos sonhos
esse odor de rosas delicadas
que me preenche a pele
um raio de sol quente
que me desperta e acalenta
o ser disperso pela solidão
e ausência de quem sou
que venha essa melodia doce
que desperta o meu ser.
Saudade de mim,
aquela que desconhece a amargura
que sempre se preservou dos seres imundos e é pura
que acredita em contos de fadas,
em amores avassaladores
que sabe e sente com a intuição,
pinta os sentimentos de cores
se senta à beira-mar
e olha o longínquo horizonte
e o vê tão perto
com a pureza de um anjo
que distribui verdade que perdura e
...acredita no valor de uma jura!


Cláudia Ferreira

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